Bem vindos!

"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores.” (Piaget, Jean.
Early childhood education. 1991/pg 97)






OBJETIVO DO PORTFÓLIO REFLEXIVO:

"Registrar a reflexão crítica entre teoria e prática, demonstrando o processo de construção do conhecimento interdisciplinar, como forma de avaliação participativa do ensino e aprendizagem."
(turma PDM 11)

OBSERVAÇÕES:

As informações contidas aqui foram elaboradas por mim, com base nos estudos do curso de pedagogia, experiências compartilhadas e outras fontes. Blog em contínua evolução! Porque devemos sempre querer ser melhores do que antes ;)



sábado, 11 de julho de 2009

5. Quem São as Crianças Com Quem Vamos Trabalhar?

Este tópico pretende explorar o universo particular do aluno como um indíduo que tem uma história, moral, genética, constumes e vontades. Vamos aprofundar o assunto estudando teóricos e o ciclo vital do desenvolvimento.


Sigmund Freud

Nascido no ano de 1856 em Freiberg, na Morávia, Sigmund Freud é considerado o pai da psicanálise. Estudou medicina na Universidade de Viena e desde cedo se especializou em neurologia. Seus estudos foram os pioneiros acerca do inconsciente humano e suas motivações. Ele, durante muito tempo (de fins do século passado até início do nosso século), trabalhou na elaboração da psicanálise.
(fonte: http://www.culturabrasil.pro.br/freud.htm)

As Fases Psicosexuais do Desenvolvimento segundo Freud:

Fase oral
- a aprendizagem ocorre por incorporação quando a criança leva os objetos até a boca. Através dela "prova o mundo".
Fase anal - a criança aprende a controlar os esfincteres, com esta aprendizagem, que é essencialmente física, se dá outra aprendizagem em nível social: seu controle sobre a sociedade e tudo ao seu redor.
Fase fálica (3-5 anos de idade), subsequente às fases oral e anal, que são organizações pré-genitais.
Latência - o estados de latência é uma organização funcional defensiva.
Adolescência
- envolve, simultaneamente, um afastamento dos primeiros objetos de amor e um reencontro com estes nas novas relações que então se estabelecem.

Erik Erikson

A Teoria do Desenvolvimento Psicossocial foi desenvolvida por Erik Erikson. Nascido na Alemanha em 1902 e faleceu aos 92 anos de idade nos Estados Unidos. É considerado o primeiro psicanalista infantil americano. Tornou-se psicanalista após trabalhar com Anna Freud, porém, em seus estudos, não focou no id e nas motivações conscientes como os demais psicanalistas, mas nas crises do ego no problema da identidade.

As Fases Psicossociais do Desenvolvimento segundo Erikson:

1. Confiança básica X Desconfiança básica (O - 3 anos) - gestação, parto, recém-nascido e os primeiros meses de vida. Época marcada pelo sorriso social (2 ou 3 meses), ansiedade ao outro (7 a 8 meses) e aquisição da negação (11 a 13 anos).

2. Autonomia X Vergonha e Dúvida (3 - 6 anos) - período pré-escolar, mudanças marcantes: físicas (crescimento e amadurecimento neurológico); aquisição de maiores habilidades (principalmente a linguagem); socialização (independência e exploração do ambiente).

3 Iniciativa X Culpa (6 - 12 anos) - a criança deseja alcançar uma meta e, planejando sua ação, utiliza-se de suas habilidades motoras e intelectuais para tal. Estágio preparatório para a adolescência.

4 Adolescência - confusão de papel e formação da identidade

5 Identidade X Confusão de Papel - fase adullta - relacionamento e trabalho

6. Intimidade x Isolamento - Identidade -> estabilizada, as uniões, casamentos, surgem nesta fase. Isolamento -> ocorre por períodos curtos ou longos.Quando o período é curto, não podemos considerar negativo, já que o ego precisa desses momentos para evoluir.

7. Generatividade x Estagnação - caracterizado pela necessidade que o individuo tem de gerar -> gerar qualquer coisa que faça sentir produtor de algo.Pode ter filho. negócios, pesquisas. O sentimento oposto é o da estagnação.

8. Integridade x Desespero - Fase como a final do ciclo psicossocial. É o que muitos professores, chamaríamos de culminância ou avaliação.
Duas possibilidades:
1) desfecho positivo: o individuo procura estruturar seu tempo e se utilizar das experiências vividas em prol de viver bem seus últimos anos.
2) desfecho negativo: estagnar diante do terrível fim, quando as caricias desaparecem e a pessoa entra em desespero.

ADULTO MADURO - Surge uma necessidade de uma modificação significativa na forma de compreender a adultez madura, grande parte da população com características próprias e necessidades específicas.

Erick Erikcson define o último estágio de vida apresentando conflitos entre a integridade do ego versus a desesperança, mas sem duvidas esse todo compõe a sua existência. A forma como o idoso percebe a sua vida, modifica a vivência desta idade.

Donald Woods Winnicott

Winnicott nasceu em Plymouth, Devon, Inglaterra em 7 de abril de 1896, filho de Elizabeth Martha (Woods) Winnicott e do Sr. John Frederick Winnicott, um comerciante que se tornou cavaleiro em 1924 após servir duas vezes como prefeito de Plymouth.

A família era próspera e aparentemente feliz, mas atrás desse verniz, Winnicott se viu como oprimido por uma mãe com tendências depressivas como também por duas irmãs e uma babá. Foi a influência do seu pai, que era um livre-pensador e empreendedor que o encorajou em sua criatividade. Winnicott se descreveu como um adolescente perturbado, reagindo contra a própria auto-repressão que adquirindo sua capacidade de cuidar ao tentar suavizar os sombrios humores de sua mãe. Estas sementes de autoconsciência se tornaram a base do interesse dele trabalhando com pessoas jovens e problemáticas.

Teoria sobre importância e efeitos do cuidado materno

Para Winnicott, cada ser humano traz um potencial inato para amadurecer, para se integrar; porém, o fato de essa tendência ser inata não garante que ela realmente vá ocorrer. Isto dependerá de um ambiente facilitador que forneça cuidados que precisa, sendo que, no início, esse ambiente é representado pela mãe suficientemente boa. É importante ressaltar que esses cuidados dependem da necessidade de cada criança, pois cada ser humano responderá ao ambiente de forma própria, apresentando, a cada momento, condições, potencialidades e dificuldades diferentes.

Segundo esse autor a mãe suficientemente boa (não necessariamente a própria mãe do bebê) é aquela que efetua uma adaptação ativa às necessidades do bebê, uma adaptação que diminui gradativamente, segundo a capacidade deste em aquilatar o fracasso da adaptação e em tolerar os resultados da frustração. (Winnicott, 1971)

O objeto transicional

Em sua teoria, conforme colocado anteriormente, afirma que o “estado de preocupação materna primária” implica uma regressão parcial por parte da mãe, a fim de identificar-se com o bebé e, assim, saber do que ele precisa, mas, ao mesmo tempo, ela mantém o seu lugar de adulta. É, ainda, um estado temporário, pois o bebé naturalmente passará da “dependência absoluta” para a “dependência relativa”, o que é essencial para o seu amadurecimento.


O preconceito racial

Jane Elliott


A polêmica Jane Elliott dedicou-se a um trabalho anti-preconceito racial, onde expõe pessoas brancas e de olhos azuis à discriminação que os negros viveram e ainda vivem. Professora internacionalmente conhecida, palestrante, treinadora de diversidade e receptora da National Mental Health Association Award for Excellence in Education, expõe o preconceito e a intolerância em relação a ele, que é um sistema irracional de uma classe puramente baseada em fatores arbitrários. E se você acha que isso não se aplica a você. . . você está em um rude despertar.

Blue Eyed - Olhos Azuis

Assitindo ao filme Blue eyed, de Bertram Verhaag, em que Jane mostra seu trabalho na luta contra o preconceito provei de diversos sentimentos, pois é o retrato de uma realidade chocante. Também tive, e ainda tenho, algumas dúvidas sobre a metodologia com a qual ela trabalhou o assunto com seus alunos. Achei forte demais para ser aplicado em crianças. Apesar de ser uma professora muito querida por todos, questiono se não há o abuso de autoridade para com seu alunos. Jane se justifica falando da importância de fazer com que os brancos saibam como é sofrer de preconceito, como é viver em uma sociedade em que qualquer representação de felicidade, sucesso profissional e perfeição está ligada a pessoas brancas e com olhos azuis. Nas minhas anotações sobre o filme pude concluir que o mal prevalece quando pessoas boas se omitem. Se você deixa o preconceito acontecer, você está colaborando com ele. Nós temos poder na sociedade. Nós colocamos cada um no seu papel. Não fazer nada é colaborar com o opressor. "Usamos livros didáticos culturalemnte tendenciosos, temos fotos tendenciosas nas paredes, e ensinamos uma história tendenciosa com mapas culturalmente tendenciosos. E esta tendenciosidade favorece os brancos." (Jane Elliott, no filme Blue Eyed)



"...Eu tenho um sonho que algum dia esta nação irá se levantar e viver o verdadeiro significado de sua crença. Nós acreditamos na verdade indiscutível de que todo o homem é igual..."
(Martin Luther King, no seu famoso discurso de agosto de 1963, em Washington)

A Construção do Masculino e Feminino: As identidades em questão

As mudanças ocorridas quanto ao lugar e o papel das mulheres na sociedade ao longo das últimas décadas transformaram profundamente a visão tradicional da diferença entre os sexos. Uma crise que, definitivamente, traz liberdade tanto para os homens quanto para as mulheres.

A felicidade do homem é: eu quero; a felicidade da mulher é: ele quer" Jogo de papéis ou marca profunda da identidade?

Foi assim que Nietzsche caricaturou a dualidade humana em Assim Falou Zaratustra. Quem ainda ousaria fazê-lo hoje? "Eu sou negra, lésbica, feminista, guerreira, poeta, mãe."

Através dessa lista vibrante, a americana Audre Lorde (1934-1992) descrevia a sua identidade. Professora universitária, militante e escritora, estaria ela apresentando uma reivindicação extremista ou uma simples ilustração da complexidade contemporânea da identidade feminina?

Identidade: eis aí um conceito bem atual. Investigação de suas origens, particularismos locais, reivindicações da terra, músicas e línguas regionais... Imediatamente, os políticos assumem a causa, assim como os publicitários e o marketing. O mesmo ocorre com a nossa definição sexual, nosso gênero, empregando o conceito anglo-saxão de "gender": a construção social da diferença dos sexos. "Experiência feminina é a palavra-chave da época, junto com identidade", diz Françoise Thébaud em Ecrire l'Histoire des Femmes (Escrever a história das mulheres), a mais recente síntese historiográfica sobre o assunto. O debate sobre a paridade e a força do feminismo mostra de fato que a diferença dos sexos continua sendo uma questão de poder. Assim, enquanto algumas pessoas gostam de acreditar que o feminismo é um combate de retaguarda (os adjetivos para qualificá-lo são algumas vezes edificantes), ele continua sendo antes de tudo um movimento diversificado e sempre atual.

De fato, este final de século é marcado pela virulência dos debates sobre as relações homens-mulheres. Seu ponto central é a questão da identidade. Será que se pode falar de identidades masculina e feminina? Quais são seus respectivos fundamentos? Será preciso dosar a diferença biológica e a educação social? Ou opor-se às duas? Estes são os dois rumos do feminismo contemporâneo. É também a chave da leitura da crise de identidade vivida por muitos homens e mulheres.

(fonte: http://www.mitologica.com.br/joomla/index.php?option=com_content&task=view&id=41&Itemid=2)

"Cada criança é uma singularidade. Cada um é único. E vivem no meio social."
(conclusão de conversa na aula da profª Clarice)



Nenhum comentário: